Em depoimento à polícia, Eduardo Olímpio Cotias, 29 anos, não
demonstrava arrependimento ou remorso por ter matado seus pais, o bispo
Robinson Cavalcanti e Miriam Cotias, no dia 26 de fevereiro deste ano,
em Olinda. O depoimento aconteceu nesse sábado (3), e o acusado falou
por quatro horas sobre o caso. De acordo com o delegado Joselito Kehrle,
gestor do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), em
coletiva nesta segunda-feira (5), Eduardo várias vezes parecia se sentir
rejeitado por ter sido adotado e que essa deve ter sido a maior
motivação do crime.
Enquanto falava à polícia sobre o bispo Robinson Cavalcanti, o filho do
casal deixava transparecer que o pai não lhe dava atenção e que só se
preocupava com sua carreira e não com o filho e a esposa. O tom de voz
mudava, segundo o delegado, quando Eduardo se referia a Miriam. "Ele
(Eduardo) a considerava uma vítima do bispo, assim como ele", disse o
delegado Kehrle.
ADOÇÃO - Aos 8 anos, o suspeito foi informado pela mãe,
Mirim Cotias, que ele era adotado. No início, ele disse à polícia que
alguns de seus amigos brincaram com o fato, algo que ele não gostou. O
delegado conta que ele disse que, apesar de Miriam "continuar o tratando
normalmente", Eduardou afirmou que o bispo "o tratava de forma mais
fria".
Apesar de haverr mencionado a herança durante seu depoimento, o
delegado afirma que essa não parece ter sido uma grande motivação para o
acusado. "Seria como o dinheiro fosse apenas mais uma razão para
cometer os homicídios", especulou Joselito Kehler. Quando teve seu pedido de auxílio financeiro negado, Eduardo afirmou que "o desprezo do meu pai também atinge minha mulher e meus filhos."
CRIMES NOS EUA - Eduardo falou que responde a 15 processos nos Estados Unidos, onde morou por 13 anos, mas nenhum por homicídio. Ele afirmou que uma vez foi para um motel com uma americana, onde os dois se drogaram. Na manhã seguinte, a mulher estava morta, mas foi por conta de uma overdose. O DHPP já entrou em contato com o Governo dos EUA para saber exatamente a quas crimes ele responde nos Estados Unidos.
CRIMES NOS EUA - Eduardo falou que responde a 15 processos nos Estados Unidos, onde morou por 13 anos, mas nenhum por homicídio. Ele afirmou que uma vez foi para um motel com uma americana, onde os dois se drogaram. Na manhã seguinte, a mulher estava morta, mas foi por conta de uma overdose. O DHPP já entrou em contato com o Governo dos EUA para saber exatamente a quas crimes ele responde nos Estados Unidos.
O inquérito deve ser concluído ainda nesta semana. De acordo com o
delegado, não é mais necessário o depoimento de outras testemunhas.
Fonte/JC