segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Impasse entre bancários e a Fenaban impede o fim da greve em todo país

 Hozana Araújo - repórter.com
Quase 15 dias depois do início da paralisação dos bancários, o impasse entre empregados e patrões continua. Até a manhã desta segunda-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não tinha nenhuma previsão de quando seria retomada as negociações.

A última reunião foi realizada em setembro, em São Paulo e, na ocasião, os bancos ofereceram reajuste de 8% sobre os salários, o que significaria 0,56% de aumento real, mas a proposta foi rejeitada pelos bancários, que reivindicam reajuste de 12,8%. Esse porcentual representa 5% de aumento real mais a inflação do período. Além disso, os trabalhadores querem valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados (PLR), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
De acordo com o último balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os trabalhadores fecharam 8.951 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

População

Duas semanas depois do início da greve, a população procura alternativas para efetuar pagamentos e fazer operações fora das agências. A maior parte das contas pode ser paga nas casas lotéricas, mas o limite de operações de R$ 1.000 e as grandes filas têm causado transtornos. Os aposentados e pensionistas também estão enfrentando dificuldades para receber seus benefícios e pagar contas. Uma parte deles tenta superar dificuldades e inseguranças diante de caixas eletrônicos e opta por levar algum parente ou amigo para auxiliar.

Os bancos orientam os clientes a procurar as redes de autoatendimento para fazer pagamentos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, em nota, que estão à disposição da população 179 mil canais para realizar operações bancárias, como caixas eletrônicos, internet banking e mobile banking (operações por meio de celulares). Além disso, há mais de 165 mil correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

Os bancos oferecem também os serviços de débito automático para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo).



Fonte/DP

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