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Fonte: Folha PE/Crédito das fotos: Arthur de Souza |
O ato ocorreu por volta das 16h30, após o sepultamento da jovem, no cemitério público do bairro. Após negociação entre a Polícia Militar (PM) e os manifestantes, a via foi liberada às 17h30. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não chegou a tempo. Os próprios populares apagaram as chamas e retiraram os entulhos da pista.
Antes disso, no início da tarde, parentes da vítima compareceram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife, para liberar o corpo da jovem. Segundo o tio materno de Sandy, o vigilante Ivan José da Silva, 41 anos, o laudo tanastocópico do IML atestou a decorrência da morte da jovem por asfixia seguida de afogamento. "Ela (Sandy) foi assassinada. Não há dúvidas quanto a isso. Acredito que ela foi estrangulada antes de ser jogada no canal. E, que quem fez isso com a minha sobrinha a conhecia. Eu espero que a polícia consiga elucidar o caso o mais rápido para que o culpado pague pelo o que fez. Queremos justiça", desabafou.
Com gritos de "Justiça", os populares reclamavam da falta de segurança e iluminação pública no local onde o corpo da jovem foi encontrado. "A iluminação pública aqui é muito precária. Isso, os bandidos se aproveitam para realizar vários assaltos. É necessário que o Poder Público dê atenção as comunidades que necessitam de segurança", alertou o policial militar, Claudio Cordeiro.
Em forte comoção, centenas de pessoas acompanharam o enterro da jovem. Durante a despedida, a mãe da adolescente, a dona de casa Maria Luziara, passou mal e foi socorrida por parentes para um hospital. Alunos da Escola Estadual Joaquim Nabuco, em que Sandy cursava o 9º ano do ensino médio, estiveram presente para acompanhar o sepultamento.
Caso
O corpo da jovem foi encontrado no último domingo (5). Segundo familiares de Sandy, ela estava desaparecida desde o sábado (4), quando saiu de casa, na rua Patagônia, no bairro olindense de Sapucaia de Dentro, por volta das 18h30, para encontrar o namorado e juntos irem a Igreja Batista de Caixa D'água. Após notarem a demora da filha, os pais de Sandy conseguiram entrar em contato com uma amiga da vítima, por volta das 22h, que informou que ela já teria saído da igreja. Uma tia do namorado da garota falou também que ele a esperava na Estrada de Água Fria, mas ela não apareceu, provavelmente por ter mudado o caminho para casa.
Mas, uma amiga de Sandy que não quis se identificar, informou a Folha que no último sábado a adolescente decidiu mudar o trajeto, pegando um rota alternativa, passando pela rua Bogotá, nas margens do rio Lava Tripa, para chegar mais rápido no culto. "Ela pegou o caminho mais rápido para chegar até a igreja. Porém, esse caminho é o mais perigoso porque não tem um pingo de gente na rua. Eu já havia alertado a ela para não passar por ali. No início do ano, ela e o namorado foram assaltados perto do canal", detalhou a adolescente de 14 anos.
O delegado Gilberto Loyo, da 9ª Delegacia de Homicídios de Olinda foi designado para presidir o inquérito da morte de Sandy Evellyn. Até o final da edição desta matéria, a Folha tentou contato com o investigados mas não obteve retorno.