segunda-feira, 28 de julho de 2014

Rodoviários confirmam greve para esta segunda-feira no Grande Recife

Reprodução: FolhaPE
 Os rodoviários mantiveram a decisão de dar início à greve da categoria à 0h desta segunda-feira (28), ignorando a decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, que determina 100% de operação dos três mil coletivos em horários de pico, ou seja, das 6h às 9h e das 16h às 20h, com metade desse quantitativo nos demais horários. O sindicato que representa a categoria afirma que talvez "nem 30% dos coletivos saiam (das garagens) ao longo do dia por conta da insatisfação dos trabalhadores”.
A história se repete um ano depois do caos que se alastrou por toda a Região Metropolitana em virtude de uma paralisação similar. Com poucos ônibus e com a previsão de chuvas fortes emitida pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) para o período da manhã, a população deve se preparar para um dia de dor de cabeça. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) promete reduzir o intervalo de saídas no metrô, além de colocar mais locomotivas à disposição durante todo o dia e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) adicional na linha Cajueiro Seco/Cabo. Fora isso, entretanto, não haverá muitas opções de deslocamento.
Conforme a advogada que representa o Sindicato dos Rodoviários, Maria Rita Albuquerque, serão tomadas, ainda nesta segunda, as medidas judiciais cabíveis contra a decisão que determina a totalidade dos ônibus nos horários de pico. “Entrarei com um pedido de embargo desta liminar que tenta cercear o que é de direito”, explicou, em referência ao documento que prevê multa de R$ 100 mil diários, em caso de descumprimento.
No despacho da última sexta-feira (25), o vice-presidente do TRT, o desembargador Pedro Paulo Pereira Nóbrega, a pedido do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), determinou também a “proibição, pelos grevistas, de atos que violem ou constranjam direitos e garantias dos trabalhadores que queiram permanecer no exercício de suas atividades” e a aplicação de penalidade, caso a ordem judicial não seja cumprida.
A Urbana-PE, por sua vez, informou que vai trabalhar para minimizar os transtornos causados pela greve à população. A classe patronal salientou também que continua a busca por “um acordo que ponha fim a este movimento, restabelecendo a normalidade do serviço de transporte público por ônibus”.
Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus pleiteiam um reajuste salarial de 30%, além da ampliação do ticket alimentação, que hoje é de R$ 171, para R$ 350. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de 5% oferecida pela classe patronal. Atualmente, motoristas recebem R$ 1.605 mil e o cobradores R$ 738. A greve foi deflagrada na última quinta-feira (24), em assembleia realizada no Marco Zero.

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