Agricultores
da localidade da Barriguda, na Fazenda Santa Rita, nas imediações do
Distrito Industrial de Arcoverde, às margens BR-424, estão vivendo dias
de apreensão com o fantasma da “despropriação”.
É que a Prefeitura de Arcoverde quer que cerca de 30 famílias(mais ou menos 95 pessoas) saiam do local alegando que houve,
ali, uma invasão. Inclusive já existe uma liminar de reintegração de
posse beneficiando a prefeitura. Os agricultores rebatem, no entanto,
que moram ali, há mais de 20 anos. Eles pegaram uma terra improdutiva e
agora plantam milho, feijão, macaxeira, acerola, tomate e pimentão. Há quem diga que, no local, a Prefeitura estaria no intuito de construir uma escola técnica. “Basta
vir aqui para ver o terreno bastante acidentado, com serras e vales
profundos em volta, não se prestando nem para edificar escola ou mesmo
indústria”, analisou Joel. Os agricultores da área, inclusive, têm
uma associação de moradores, presidida por Lucilene de Almeida, com CNPJ
e toda documentação em dia. “Cuido de uma irmã deficiente e tenho
dois filhos, só um deles trabalha, o outro faz ‘bico’; o que sobra do
dinheiro que compro os remédios para minha irmã eu faço a feira, é muito
sufoco”, diz apreensiva Lucilene. Ao
tomar conhecimento da situação, o ex-deputado Israel Guerra, que coordena o
Movimento Pró-Arcoverde, já tomou algumas providências para se evitar o
constrangimento dessas famílias ficarem no meio da rua. Em audiência
com Dr. Carlos Eduardo Seabra, no dia 9 de dezembro passado, promotor da Cidadania, Infância e
Juventude, Israel levou ao conhecimento do mesmo e foi orientado a
procurar o promotor para conflitos agrários, Dr. Edson Guerra. Desde anteontem que o coordenador do Movimento
Pró-Arcoverde, Israel Guerra está em contato com a ex-prefeita Rosa Barros e o vereador Joel Filho, além de Alberto Estêvão ( COPAMA) e
Damião Lucena( Pres. PCdoB) junto à Defensoria Pública, para tentar
reverter ou adiar a decisão do Exmo.Sr. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível
da Comarca, mostrando, inclusive que existe uma outra ação, de
manutenção de posse, dos ocupantes do terreno, em andamento na mesma
vara, que foi anterior à da prefeitura.O Movimento Pró-Arcoverde esperar
uma ação do Ministério Público da comarca.
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